Onde a comida começa: um dia na roça com a comunidade Baniwa
- Do Norte Ao Norte

- há 5 dias
- 2 min de leitura

A experiência com a comunidade Yamado, do povo Baniwa, começa do outro lado do Rio Negro, bem em frente à cidade de São Gabriel da Cachoeira.
Aqui, a cultura aparece menos no ritual e mais no corpo em movimento.
Fomos recebidos com um caribé, preparado pela anfitriã Dona Karine. Um gesto simples, direto, que já mostra o tom da convivência: acolhimento sem encenação.
A roça e a mandioca brava
No meio da tarde, seguimos para a roça da Dona Karine.Ali, colocamos a mão na massa para participar da colheita da mandioca brava, base alimentar de inúmeras comunidades da região.
É da mandioca que nascem a farinha, o beiju, o tucupi, o caribé.É ali que muita coisa começa.
O trabalho é pesado, repetitivo, feito sob sol.E, em grande parte, realizado pelas mulheres da comunidade.
Participar desse momento foi entender que cultura também é esforço físico, constância e repetição diária — não apenas celebração.
Dormir na casa, acordar para o cotidiano
Dormimos ali mesmo, na casa da Dona Karine.Sem roteiro, sem separação entre “experiência” e vida real.
No dia seguinte, seguimos conhecendo a comunidade de forma simples e direta, visitando a casa de duas artesãs e acompanhando de perto o trabalho artesanal produzido ali.
Tivemos a oportunidade de comprar diretamente, sem atravessadores. Um detalhe que faz toda a diferença quando o assunto é autonomia, renda justa e valorização de quem produz.
O que essa vivência ensina
A convivência com a comunidade Baniwa ensina que comida não começa no prato.Ela começa na roça.No corpo que trabalha.No tempo que respeita a terra.
Aqui, território e alimentação são inseparáveis.E o cotidiano, muitas vezes invisível, sustenta tudo.
Um aprendizado simples e profundo
Esse dia na roça não foi sobre romantizar o trabalho.
Foi sobre reconhecer.
Reconhecer o esforço que sustenta a comida.
Reconhecer o papel das mulheres.
Reconhecer que autonomia nasce do território.
A comida começa muito antes da mesa.
E entender isso muda o jeito de olhar para tudo.
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